Insónia, dormir pouco, acordar durante a noite, acordar muito cedo são muitas vezes considerados como o mesmo distúrbio do sono. 

“Dormir pouco” nem sempre é sinónimo de “insónia”. Para se considerar como tal, o paciente terá de dormir pouco apesar de ter as condições para dormir as horas necessárias e na altura que precisar. 

Sempre que os sinais de insónia se mantêm por algumas semanas ou comecem a surgir sintomas diurnos secundários ao sono de má qualidade, deve recorrer-se a uma consulta do sono. 

O paciente deve preparar-se para a consulta colhendo o máximo de informação sobre o seu passado assim como da família mais direta, no que diz respeito ao sono. Deverá colher informação sobre o nome e dose dos medicamentos usados assim como o tempo de uso e efeitos.

Recorrer à consulta do sono precocemente, pode permitir o tratamento, muitas vezes sem medicamentos, prevenindo a cronicidade do distúrbio agudo ou eliminar a insónia crónica. 

Por vezes, seguir uma boa higiene do sono é suficiente para corrigir a insónia. Os medicamentos na insónia deverão ser sempre a última escolha, na dose certa e indicação para cada caso especifico.

Na consulta podem ser pedidos exames complementares que ajudarão no diagnóstico e tratamento da situação.

Sabendo nós que o sono ocupa um terço das nossas vidas e que os bebés e crianças necessitam ainda de mais horas de sono, não será difícil imaginar a tortura a que tem estado sujeito o povo da Ucrânia nas últimas semanas.

O medo, a ansiedade e o stress causam problemas imediatos durante este período de guerra, mas podem também deixar traumas difíceis de reparar.

O sono pode ser afetado por esses traumas; por outro lado, um sono de qualidade pode ser uma ajuda preciosa na recuperação dos mesmos.

Neste Dia Mundial do Sono, os nossos pensamentos estão com todos os afetados por esta guerra.